(Português) IPVC quer estar na linha da frente
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Carlos Rodrigues anuncia que o IPVC integra o consórcio de “Universidades Europeias”, estando já a trabalhar em formação e investigação conjunta.
Foi em ambiente de celebração, que decorreram as cerimónias do 37.º aniversário do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Num dia de festa, mas também de reconhecimento, não faltaram homenagens a estudantes, docentes e funcionários.
As cerimónias do 37.º aniversário do Politécnico de Viana do Castelo decorreram esta segunda-feira à tarde, no Auditório Professor Lima de Carvalho, nos Serviços Centrais do IPVC, em Viana do Castelo, e mobilizaram centenas de pessoas, que quiseram acompanhar e fazer parte integrante das comemorações de mais um aniversário da Instituição.
O dia de aniversário foi também um momento primordial para uma reflexão sobre o caminho percorrido, os desafios, a visão estratégica e o respetivo plano de ação, que irão traçar os próximos anos da Instituição.
Perante um auditório composto por docentes, investigadores, estudantes, empresários, comunidade autárquica do Alto Minho e demais convidados, a sessão iniciou com a atuação da Escola Profissional Artística do Alto Minho. Seguiu-se a sessão de abertura. O presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, começou a sua intervenção com uma reflexão sobre a alteração da designação dos Institutos Politécnicos “A alteração da designação para ‘Universidade Politécnica’ é um anseio antigo, que virá resolver algumas dificuldades que os Institutos Politécnicos têm sentido no que respeita ao seu reconhecimento pela sociedade e à sua comparabilidade internacional. Esta alteração virá com novas e importantes exigências. Estamos e estaremos preparados para lutar para responder a todas as exigências. Queremos estar na linha da frente na busca pela satisfação deste objetivo”.
A designação de “Universidades Politécnica” espelha também o reconhecimento de um ensino de qualidade e de uma investigação capaz, levada a cabo pelos Politécnicos: “Esta vontade não personifica o reconhecimento de que aos Institutos Politécnicos está destinado um papel de menor valia nem a necessidade de ostentar o nome de Universidade. Significa, isso sim, que somos capazes de formar, investigar e transferir conhecimento com a qualidade exigida e que esta é merecedora da designação – Universidade Politécnica”, salientou, ainda, o presidente do Politécnico de Viana do Castelo.
Consórcio de “Universidades Europeias” integram oito parceiros de seis países
Carlos Rodrigues aproveitou, ainda, a cerimónia de aniversário para anunciar que o IPVC integra um consórcio de “Universidades Europeias”, composto por oito parceiros de seis países e que já foi submetido a financiamento. Com a denominação de SUN – Sustainable Universities Network –, o consórcio tem como objetivo principal o desenvolvimento sustentável dos territórios, em particular nos domínios da Economia Circular, Produção Sustentável, Alterações Climáticas, Descarbonização e Energias Renováveis. “Independentemente do resultado da avaliação, este consórcio vai mais além do que uma candidatura e a respetiva avaliação. Na primeira reunião oficial entre as partes ficou demonstrada a vontade de promover mobilidades, projetos de investigação e oferta formativa conjunta, ainda que a expensas próprias ou através da utilização de outras opções de financiamento”.
As ambições do Politécnico de Viana do Castelo
O dia de aniversário foi também momento para Carlos Rodrigues traçar as linhas-mestras para os próximos anos. “Queremos formar técnicos competentes, mas também cidadãos. Cidadãos com conhecimentos multidisciplinares, com competências transversais e baseados em valores e princípios inabaláveis. Atender a esta ambição exige a definição de um Modelo Pedagógico que inclua novas abordagens pedagógicas, novos métodos e tecnologias e novos tempos ou horários de formação e que, por essa via, seja capaz de aproximar a nossa oferta formativa às efetivas necessidades da sociedade”.
A investigação, a inovação e interdisciplinaridade são também pilares basilares defendidos pelo presidente do Politécnico de Viana do Castelo. “Queremos uma investigação e uma inovação cada vez mais coletiva, colaborativa e interdisciplinar, que seja capaz de dar resposta aos problemas complexos e à agenda de inovação da sociedade, que encontra sempre estrangulamentos ao desenvolvimento harmonioso e sustentável. A intervenção do IPVC na resposta a estes estrangulamentos terá de ser baseada no conhecimento produzido e na obtenção de soluções adequadas ao desenvolvimento da sociedade”.
Reforço da contratação de investigadores
O reforço da contratação de investigadores, a participação em redes europeias e em projetos financiados pela Comissão Europeia, a aposta em projetos em co-promoção e a qualidade das publicações científicas são também premissas expressas nas ambições do IPVC. “Estes objetivos, aliados à criação de dois Centros de Tecnologia e Inovação (CTI), que irão desenvolver as suas atividades em dois grandes eixos de desenvolvimento do IPVC e de grande interesse para a região que servimos – ‘Economia do Mar’ e ‘Setor Agroalimentar’ –, serão decisivos para o sucesso da investigação desenvolvida e da sua valorização e transferência”.
A estes valores e fundamentos, o Politécnico de Viana do Castelo acrescenta a ambição de incrementar a internacionalização, potenciando a mobilidade de estudantes, docentes e pessoal não docente. Os estudantes internacionais assumem também uma “preponderância central”, uma vez que tornam a academia mais multicultural, cosmopolita, inclusiva e mais competente na sua responsabilidade de formar.
Carlos Rodrigues é o “timoneiro da quinta Revolução Industrial no Alto Minho”
Por sua vez, a presidente do Conselho Geral do Politécnico de Viana do Castelo, Rosário Ramos, destacou o “orgulho e a honra” no vínculo que mantém a uma instituição “assente nos valores da ética, honestidade, pensamento crítico, equidade, justiça, liberdade, mérito, respeito, transparência, trabalho em equipa e comunicação”. É uma Instituição, afirmou Rosário Barros, “reconhecida nacional e internacionalmente pela sua formação e investigação, que assenta num corpo docente científica, técnica e pedagogicamente muito qualificado, com processos formativos inovadores, suportados por atividades de investigação e desenvolvimento, numa parceira simbiótica com os agentes da comunidade”.
A presidente do Conselho Geral do IPVC aludiu às várias Revoluções Industriais existentes nos dos últimos dois séculos e meio, para se referir ao presidente do Politécnico de Viana do Castelo como o “timoneiro da quinta Revolução Industrial no Alto Minho, um elemento agregador de toda a comunidade académica, docentes, não docentes, estudantes e dos seus stakeholder. Tem em mão um grande desafio para o próximo quadriénio, mas sei que é capaz deste e de muito mais”, rematou Rosário Barros.
A cerimónia contou, ainda, com a intervenção do presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, que recordou o que tinha dito na cerimónia do 36.º aniversário do IPVC, para acrescentar uma nova linha de pensamento: “Disse-vos que o IPVC é o maior projeto de coesão territorial e social do Alto Minho. Este ano, acrescentaria outro fator: o PVC concretiza toda a dimensão de projeção e promoção do território. O IPVC, com a sua estratégia, a capacidade dos seus investigadores e professores, com as parcerias que concretizou e concretiza, com a estratégia de comunicação internacional, assume, à escala global, um papel fundamental de desenvolvimento do território como do país”.
A rematar, a presidente da Federação Académica do IPVC, Vânia Rodrigues, defendeu que “os jovens, enquanto motores de ideias revolucionárias e inovadoras, devem assumi cada vez mais um papel ativo e ouvido nas tomadas de decisões”.
A cerimónia de aniversário contou, também, com a atribuição dos Prémios por Melhor Classificação de Ingresso, Prémios de Mérito aos Estudantes e Bolsas de Incentivo sub-representação de género, atribuídas no âmbito do programa PRR Baits IPVC. A encerrar, e antes da atuação da Tuna Académica do IPVC, a Hipoportuna, subiram ao palco docentes e pessoal não docente pelos 15, 25 e 35 anos de serviço.