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Obra infantil que procura sensibilizar para a importância da reciclagem é da responsabilidade de três antigos alunos da Escola Superior de Educação do Politécnico de Viana do Castelo. Elisabete Pereira é responsável pela história, Miguel Oliveira pelas músicas e Paulo Salvador Lopes pela ilustração. “Um mundo paralelo” é o segundo livro infantil que junta estes três docentes formados no IPVC.

Sempre gostou de escrever e de ler e sempre sonhou em trabalhar com crianças. Tudo se alinhou e hoje é exatamente a essas três paixões que se dedica. Elisabete Pereira, antiga estudante da Escola Superior de Educação do Politécnico de Viana do Castelo, autora do sucesso “A menina que não sabia contar”, lançado em finais de 2021, apresenta agora “Um mundo paralelo”, que conta já com versão em inglês.

Mas na Escola Superior de Educação do IPVC conheceu mais do que letras e números, conheceu também aquele que viria a ser o marido, Miguel Oliveira, e um amigo para a vida, Paulo Salvador Lopes. Em “Um mundo paralelo”, obra que pretende alertar para a importância da reciclagem, Elisabete escreve, Miguel é o responsável pelas músicas e Paulo Salvador é o ilustrador, tal como já tinha, de resto, acontecido com “A menina que não sabia contar”.

O primeiro livro teve uma “ótima aceitação”, quer do público infantil, quer dos adultos, e foi esse sucesso que despertou a curiosidade da Braval, empresa de valorização e tratamento de resíduos sólidos, de Braga, para um convite e para uma nova obra. “A Braval queria a mesma equipa que fez o primeiro livro, por isso, visitámos a empresa, para conhecer melhor o trabalho que faz, e aceitámos o convite”, descreve Elisabete Pereira. Tal como na obra de 2021, também “Um mundo paralelo” está a receber críticas positivas, porque o tema é “muito interessante e tem até sido utilizado pelas escolas, nomeadamente no âmbito do projeto Eco Escolas”, acrescenta a autoria.

Biblioteca Professor Luís Mourão, na ESE-IPVC, recebe apresentação da obra

 À semelhança do que aconteceu com “A menina que não sabia contar”, o recente livro, com a presença dos três responsáveis, também será apresentado na Escola Superior de Educação do Politécnico de Viana do Castelo. A apresentação, a cargo das docentes Ana Raquel Aguiar e Luciana Graça, irá acontecer na próxima quinta-feira, dia 11, às 11h, na Biblioteca Professor Luís Mourão (antigo docente da ESE-IPVC, já falecido, homenageado recentemente numa cerimónia de aniversário da Escola).

Com uma temática tão pertinente quanto atual – sustentabilidade ambiental e reciclagem –, trabalhá-la junto do público mais jovem é o caminho mais curto para mudar as mentalidades dos adultos. “Muitas vezes, os adultos já têm muitos vícios e mudar hábitos nem sempre é fácil, por isso, os melhores aliados que podemos ter são as crianças”.

É com a ajuda da Anita e do Pedrito, as duas personagens principais do livro, que Elisabete Pereira procura, de uma forma leve, divertida, mas também didática, alertar para a importância da reciclagem. Ao longo da história infantil, a autora dá também vida a alguns animais, e são eles que acabam por despertar a Anita e o Pedrito para a política dos 5R’s – Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Livro infantil é acompanhado com CR Code e um mundo de atividades e desafios para descobrir

Tal como em “A menina que não sabia contar”, também “Um mundo paralelo” é muito mais do que uma história infantil. Na capa do livro está um QR Code, que transporta o leitor para um padlet, com diversos recursos didáticos e educativos, entre músicas, karaoke, kahoots, quizzes, desafios e atividades, que pretendem desenvolver a criatividade e a imaginação infantil, trabalhando várias dimensões.  O padlet é, ainda, adaptado a várias idades, desde o pré-escolar até ao segundo ciclo. “São vários recursos que podem ser utlizados nas salas de aula pelos educadores e professores. Ou seja, são materiais de apoio que já estão criados, mas existem outros que podem ser desenvolvidos por eles próprios e até inseridos no projeto”, informa, ainda, Miguel Oliveira.

Elisabete Pereira e Miguel Oliveira concluíram a licenciatura em Educação Básica – variante Português-Inglês, no ano de 2000. Dois anos mais tarde, Paulo Salvador Lopes formava-se também em Educação Básica, na variante Educação Visual e Tecnológica.

“Estudámos todos no Politécnico de Viana do Castelo e cada um seguiu caminhos que acabam por se completar: uma na escrita, outro na música e eu na ilustração. Tal como no primeiro livro, neste também juntámos as sensibilidades de cada um e, de forma muito rápida, nasceu esta obra. Além de termos a mesma formação de base, também somos amigos, o que torna tudo mais fácil”, remata Paulo Salvador Lopes, responsável pela ilustração de mais de 20 obras até ao momento.

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