Skip to main content
Print Friendly, PDF & Email

Os Politécnicos e as incontáveis vantagens da internacionalização  

Data de publicação

30/11/2022

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo reuniu empresas, instituições e academia para dois dias de debate, trocas de experiência e partilha de conhecimento e de exemplos em torno de três clusters fundamentais para a região do Alto Minho: mar, capital natural e automóvel, com vista à internacionalização de empresas.

Dar visibilidade àquele que tem sido o papel dos Politécnicos para a promoção e internacionalização de empresas instaladas nos respetivos territórios foi um dos principais propósitos do IV Encontro de Internacionalização de Empresas, evento realizado no âmbito do Portugal Polytechnics International Network (PPIN), organizado pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

Ao longo dos dois últimos dias, assistiram-se a debates, trocas de experiências e partilhas de conhecimentos e de exemplos em torno de três clusters de capital importância para a região do Alto Minho – o mar, o capital natural e o automóvel –, com a presença de várias personalidades de relevo nacional e internacional, entre as quais se destacam os contributos deixados pelo secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, pela diretora-geral das Políticas do Mar, Marisa Silva, pelo presidente da Associação Europeia de Instituições de Ensino Superior e pelo coordenador das Relações Internacionais do Paraná.

“Os Politécnicos são, em conjunto com as empresas, cocriadores de conhecimento”

Logo na sessão de abertura, o presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), Carlos Rodrigues, congratulou-se pela organização de um evento que juntou várias sensibilidades e pontos de vista e falou da relevância da internacionalização para a sustentabilidade dos Politécnicos e das próprias empresas. “A internacionalização acarreta uma série de vantagens. Permite abrir o mercado interno a estudantes internacionais, através do programa Erasmus, alavancando e projetando a imagem do ensinamento nacional. Também não nos podemos esquecer das possibilidades que são criadas para o próprio corpo docente no mercado internacional. Por outro lado, as empresas também precisam, cada vez mais, de mão-de-obra qualificada, num trabalho de proximidade e cooperação com a academia. Trabalhar em sinergias com vista à internacionalização assume também um papel importante para a sustentabilidade e o desenvolvimento do território”. Os Politécnicos, afirmou ainda Carlos Rodrigues, estão na vanguarda da formação e da preparação de ativos para o mercado. “Cada vez mais os Politécnicos são, em conjunto com as empresas, cocriadores de conhecimento e este é um caminho que devemos prosseguir”.

O vice-presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Jorge Conde referiu-se aos Politécnicos como “motores de desenvolvimento”, com uma “grande matriz” de ligação e de resposta às necessidades do território e das empresas, presentes em 132 concelhos e em quase todas as capitais de distrito. “O projeto PPIN veio dar visibilidade a esse trabalho de internacionalização das empresas. Estes encontros pretendem mostrar que somos capazes de fazer essa ligação ao território, com um ensino muito aplicado e focado em resolver os problemas das empresas. O PPIN criar uma via onde essa internacionalização não é feita sozinha. Levamos connosco as empresas dos nossos territórios”, explicou Jorge Conde.

Mas existe um outro papel fundamental nestes Encontros de Internacionalização de Empresas, que passa pela cimentação e avaliação do trabalho feito pelos Politécnicos. “Uma das mais-valias do projeto passa pela capacidade de mostrar às empresas e à sociedade o trabalho que estamos a fazer para a capacitação de ativos que possam responder a necessidades objetivas. Costumo dizer que tudo aquilo que as empresas precisarem de nós, somos capazes de fazer”.

PPIN, um projeto transversal que engloba 15 Politécnicos nacionais

O vice-presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Manuel Vitorino, recordou que Viana do Castelo já teve o segundo maior porto do país, defendendo uma “boa articulação entre todos os intervenientes de forma a que todos possam dar contributos para a agenda da inovação”, com especial enfoque nos três clusters em cima da mesa: o mar, o capital natural e o automóvel.

Por seu turno, o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, teve um discurso muito virado para as questões ambientais, defendendo uma melhor coordenação e um funcionamento mais eficiente dos diferentes meios de transporte de forma a corresponder às necessidades dos utilizadores. “Temos de fazer dos transportes públicos a nossa espinha dorsal, mas para isso temos de lhe conferir qualidade, com respostas ao nível da pontualidade e da regularidade, que sirvam e que nos façam sentir que são uma boa opção”.

Em jeito de conclusão, a vice-presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Ana Paula Vale, defendeu que “o encontro superou todas as expectativas, sobretudo nos objetivos a que propunha, com especial destaque para o networking entre empresas, instituições e academia, como uma tríade fundamental para o desenvolvimento de uma região com um potencial de crescimento ainda muito grande”. Ana Paula Vale afirmou, ainda, que, ao longo dos dois dias, “foi feita uma profícua partilha de conhecimento entre os vários Politécnicos presentes e o tecido empresarial sobre oportunidades detetadas pela rede, sustentadas na capacitação do tecido empresarial e preparando-o para a internacionalização”.

O PPIN agrega 15 Politécnicos nacionais, sendo transversal a todo o território e estando cada vez mais internacional, e representa um investimento de cerca de 1,8 milhões de euros, resultado de uma candidatura ao Sistema de Apoio a Ações Coletivas do Portugal 2020.

 

Atualizado em 30/11/2022